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Vale De Anta

Vale De Anta

Rota da Reconquista.Covadonga-Bulnes.

 Rota da Reconquista.
Quando o Condado Portucalense se independentizou, “de facto”, em 1128 e, mais tarde, “de Jure”, em 1143 (Tratado de Zamora) e em 1179 (Reconhecimento Papal – a fonte de Direito Internacional da época, através da bula “Manifestis Probatum”), a Península Ibérica encontrava-se semiocupada pelos Mouros e Berberes, e a Reconquista Cristã estava em pleno desenvolvimento. E toda a área que vai ser objecto de análise era já importante para o futuro de Portugal. Estou a referir-me a toda a Península Ibérica e à Bacia Ocidental do Mediterrâneo que se estende até à Península Itálica, a que se virá acrescentar, mais tarde, os arquipélagos Atlânticos da Madeira, Açores, Canárias e a Mauritânia. Esta importância deriva de um imperativo da geopolítica e continua a ser merecedora por parte de Portugal de uma atenção acrescida.
Recuemos um pouco no tempo para perspectivar melhor toda esta problemática. No Século I D. C. toda a Península Ibérica, Sul de França e Norte de África faziam parte do império Romano, sem embargo das influências pontuais das colónias de mercadores, gregos, fenícios, cartagineses, judeus e ainda das populações locais entretanto romanizados, de que se deve destacar, na parte que veio a constituir o território Nacional, os Lusitanos – (“Para lá dos Pirinéus existe um povo que não se governa, nem se deixa governar”, no dizer de um general romano).
A partir do século IV, o império romano passou a ser assolado por povos bárbaros, entretanto cristianizados e a Ibéria não foi excepção. Deste modo vieram para a Península os Suevos, Alanos, Visigodos e os Vândalos tendo estes últimos, passado ao Norte de África com ajuda dos Lusitanos. No Século VII os árabes expandiram-se rapidamente por todo o Norte de África trazendo consigo uma nova religião: o Islão. Em 711, aproveitando-se de contendas internas no reino visigodo e a pedido de uma das partes – é forçoso referi-lo –, um exército àrabe-berbere atravessou o Estreito e desembarcou em Gibraltar e em poucos anos conquistou toda a Península Ibérica à excepção de uma pequena área nas Astúrias e, passando os Pirinéus, foi parado, em 732, por Carlos Mardel na Batalha de Poitiers.
A Reconquista Cristã teve início com Pelágio a partir de Covadonga nos montes Asturianos e corria lentamente com avanços e recuos. É a partir dos fins do século XI e princípios do século XII que, por influência do grande Abade de Claraval, Bernardo, a Reconquista Cristã ganha novo impulso, aproveitando-se as armadas de cruzados a caminho da Terra Santa, para ajudarem nessa reconquista. A importância destas armadas cedo foi compreendida por D. Afonso Henriques que desfrutou do seu auxílio, nomeadamente para a conquista de Lisboa e Alcácer do Sal.
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Picos da Europa
Bulnes fica nos Picos da Europa (Espanha). O único acesso para a aldeia é um funicular. Foi a partir de esta aldeia que se reconquistou a Peninsula Ibérica. É um lugar único e de uma beleza sem par. Existem umas 10 casas e um café e é atravessada por um ribeiro. É possivel ficar lá por uns dias mas tem que se marcar com antecedência. Acreditem que vale a pena uma visita a este lugar único. 
 Algures em plena montanha
Para quem gostar de andar a pé existe um caminho devidamente assinalado com placas, a rota da reconquista, que possibilita a passagem por lugares únicos que só a montanha permite disfrutar. Na montanha existem albergues onde se pode passar a noite.  
Aldeia de Bulnes
PS-algumas partes do texto foram retiradas do site (www.jornaldefesa.com.pt).
Para verem mais fotos sobre Bulnes e a montanha vão a(http://www.el-caminoreal.com/cabrales/albunfotosbulnes.htm).

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