Uma omissão no novo mapa de intervenção da PSP e da GNR definido recentemente pelo Ministério da Administração Interna para clarificar confusões geradas por causa da existência de freguesias partilhadas pelas duas autoridades está a levantar novas dúvidas. Em causa está a freguesia de Valdanta. Para a GNR, o facto de a freguesia em causa não constar do rol de locais que eram partilhadas e que foram entregues na totalidade a uma ou a outra força, de acordo com a resolução do conselho de ministro publicada recentemente, significa que Valdanta lhes continua a pertencer. “Para mim, não há confusão nenhuma. Se a freguesia não vem lá referida é porque fica como está”, disse, ao Semanário TRANSMONTANO, uma fonte da GNR de Chaves. “Estrategicamente, Valdanta tem mais nexo ser patrulhada pela GNR. Primeiro, porque já há um conhecimento do terreno e as pessoas já nos conhecem, segundo, porque é a freguesia onde está implantado o quartel”, argumenta ainda a mesma fonte lembrando a “aberração” que seria a PSP passar a policiar o próprio quartel da GNR. A PSP tem outro entendimento, baseada num documento interno que lhe atribuiu a freguesia. No entanto, para a GNR, o documento que é válido é a resolução do conselho de ministros, onde não é feita referência à freguesia de Valdanta e, por isso mesmo, parte do princípio que a mesma lhe continua a pertencer. Aliás, a GNR continua a patrulhar o local. A decisão sobre o caso deverá ser tomada pelo Ministério da Administração Interna. Ao que o Semanário TRANSMONTANO conseguiu apurar, o repentino interesse nesta freguesia poderá estar relacionado com o policiamento no futuro casino. Além de, à semelhança do que acontece nos jogos de futebol, as patrulhas no local fazerem parte dos denominados serviços gratificados (pagos)- caso os proprietários do empreendimento o requisitem -, em termos de intervenção policial, trata-se de um equipamento com potencial elevado de ocorrências, que poderão gerar acções de alguma projecção para a força policial que a vier a supervisionar.
Casino pronto no final do ano O futuro casino de Chaves, uma obra do grupo Solverde, que, em 2002, ganhou a concessão da Zona de Jogo Vidago/Pedras, deverá ficar concluído no final do ano. Além do casino propriamente dito, que irá incluir 200 “slot machines”, uma sala de jogo tradicional, uma sala para espectáculos e um restaurante, o empreendimento da família Violas incluiu ainda um hotel de 4 estrelas, com cerca de 75 quartos. O investimento ronda os 30 milhões de euros. Além do público da zona onde está implantado, são os espanhóis das cidades mais próximas do país vizinho que estão na mira dos investidores. A contrapartida anual que a Solverde terá de pagar ao Estado pela concessão é de cerca de 15 por cento das receitas brutas geradas no jogo. |